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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Desejo de intimidade

Adorei este artigo abaixo sobre a vontade, talvez apenas feminina, de estar juntos, trocando carinhos, sem a intenção de transar; é o que o autor bem rotulou de “desejo de intimidade”. Leiam aí, que vale a pena!

Desejo de intimidade
Talvez seja isso que você sinta, não vontade de transar


De vez em quando, muito de vez em quando, eu tenho a impressão de que entendi algo sobre as pessoas que elas mesmas ainda não perceberam. Aconteceu outro dia, no meio de uma conversa banal sobre relacionamentos. Minha interlocutora, muito jovem, reclamava da dificuldade em lidar com os homens depois que eles cruzam uma linha invisível (mas muito real) de desejo.

“Não dá para dizer, simplesmente, que eu curti até ali, quero continuar, mas não tenho vontade de avançar. Eles não entendem”, ela se queixou. “Tem de ser tudo ou nada: ou mando o cara embora ou passo para a próxima etapa, mesmo sem estar com muita vontade.” Às vezes, ela gostaria de ficar nos beijos. Outras vezes, o que ela chamou de “curiosidade” vai mais longe, mas não chega ao ponto de transar. Em outras ocasiões, ela desejaria dizer para o sujeito: “Fica por aqui, me abraça, a gente dorme de conchinha e amanhã voltamos a esse assunto”.

Ela pensa essas coisas, mas não diz. Vai para o tudo ou nada, antecipando que qualquer dos caminhos será insatisfatório.

Embora pareça “conversa de mulher” ou coisa de “gente jovem” (que ainda não descobriu seus próprios limites), a reclamação da moça talvez seja mais universal. Acho que homens e mulheres, jovens e mais velhos, todos são capazes de identificar em si esse sentimento difuso e mal compreendido que a moça expressa - e que eu, por falta de outro nome, chamaria de “desejo de intimidade”.

Ele aparece quando se está tomado de carinho e interesse por alguém, sem que isso, necessariamente, se manifeste como vontade de transar. A pessoa quer se aproximar da outra, beijar, tocar e explorar. É físico, mas tem uma natureza mais afetiva, de aconchego. Pode virar uma transa e, frequentemente, vira - mas não começa assim, e não precisa terminar assim. Às vezes as pessoas não querem que termine, ou não estão prontas para que termine. Se a outra parte insiste demais, azeda. Se a própria pessoa não percebe seus sinais, e avança quando não deveria, também vira um ato forçado, com resultados dolorosos, instantâneos ou posteriores. 

Com o “desejo de intimidade” em mente, talvez fique mais fácil entender alguns dos nossos comportamentos – e várias das nossas hesitações.

Tente se lembrar daquela mulher que você levou para jantar na sua casa. Tudo parecia perfeito, mas, na hora em que vocês finalmente aterrissaram no sofá, ela começou a se esquivar. Beijos, sim. Carinhos, sim. Mas, não, ela não iria tirar a roupa. Diante da sua insistência em mudar de marcha e chegar logo à próxima curva, ela saiu da pista: levantou-se, arrumou o vestidinho e foi embora, parecendo mais triste do que indignada.

É difícil entender essas coisas. Por que alguém que parecia querer transar muda de ideia? Por que se pode avançar até aqui e a partir daqui não pode mais? Os homens ficam perplexos com isso. Minha teoria é que talvez a moça tivesse apenas “desejo de intimidade” e não exatamente vontade de transar. Queria ficar juntinho, trocar beijos e agarros, mas com a segurança de que não iria passar daquilo - por quaisquer que fossem as suas razões.

Homens também têm dessas contrariedades. É provável que você, leitor, já tenha se achado na situação de não querer ou não conseguir transar. Já parou para tentar entender o que aconteceu? É possível que, por trás da ausência de rigidez, estivesse o “desejo de intimidade”: você talvez quisesse carinho, aceitação e conchego, mais do que uma boa transa. Acontece. Carências, tristezas ou sentimentos doces em relação à parceira costumam provocar esse tipo de vontade – ou desvontade, dependendo de como se olhe.

Os homens lidam especialmente mal com isso. Para nós, a possibilidade de sexo não realizada é uma broxada, ponto. Palavra devastadora que esconde uma dezena de situações diferentes. Talvez nos faltem outras palavras para lidar com isso, outras ideias. Como “desejo de intimidade”. Se o sujeito puder perceber que está mais ternura do que tesão, mais abraço do que penetração, tem a chance de negociar uma “trégua” com a parceira. Quem sabe ela também não adora a ideia?

Isso nos leva a outra vantagem da nova abordagem, o uso da palavra. Ao contrário do sexo puro e simples, que tende (pelo menos no início das relações) a ser mudo, o “desejo de intimidade” é um estado que permite conversar. Demanda conversa, na verdade. Acho que muitas vezes nos falta isso: colocar os sentimentos na mesa, como eles se apresentam no momento, em vez de seguir a contragosto (ou no piloto automático) um roteiro pré-programado de procedimentos sexuais. Temos inibições em conversar, mas não deveríamos.

Falando, a moça do sofá poderia explicar, sem embaraços, que os amassos estão bons, mas que ela, naquele momento, não gostaria de ir mais longe. “Desejo de intimidade”, sabe como é. O garanhão enternecido poderia fazer o mesmo: definir os limites da sua situação emocional com a parceira, usando uma linguagem que não o envergonhe e nem faça com que ela se sinta indesejável. O “desejo de intimidade” talvez ajude.

Há algo de cômico e pretensioso na ideia de inventar uma expressão nova para definir situações e sentimentos tão velhos que, provavelmente, já foram detectados e nomeados uma centena de vezes - mas não importa. O essencial é apontar a importância de nos livrarmos das convenções e dos automatismos quando se trata da nossa intimidade. O essencial é ter coragem de falar, de se colocar, ainda que os sentimentos do momento pareçam estar muito fora da caixa. O essencial, eu acho, é evitar que os desencontros de corpos e sentimentos nos magoem e nos afastem desnecessariamente.

Há muita vergonha, muito ressentimento e muito pouca conversa quando se trata da nossa intimidade. Falemos uns com os outros, portanto.   


Ivan Martins

Fonte: aqui.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Tentando exercitar para não estar ansiosa...

Definitivamente, tenho que exercitar isso!

Excesso de ansiedade pode estragar o que mal começou...

Rosana Braga


Quando um relacionamento está começando ou para começar, a maioria das pessoas costuma se encher de ansiedade, expectativas e até ilusões sobre o que pode acontecer. Sim, eu disse pode. Assim como também pode ser que não aconteça. Ou seja, enquanto não tivermos bola de cristal, não temos como prever o futuro. Não temos certezas nem garantias. 

Sendo assim, relacionar-se é um exercício, uma possibilidade, um risco, uma tentativa. E é justamente por saber disso que muitas pessoas se deixam afogar pelo medo de que as coisas não aconteçam como elas gostariam.

Inconscientemente, para aplacar esses sentimentos tão incômodos, tentam driblá-los criando expectativas e ilusões. Mas nem se dão conta de que o excesso de pensamentos e a tentativa de controlar seus desejos só servem para gerar mais e mais ansiedade.

Daí, resta aquela sensação de urgência, aquele buraco no estômago. O coração acelera, o humor fica instável e todo o corpo parece se mobilizar na tentativa de acelerar o mundo, as pessoas, a relação, os resultados desejados!

Cuidado! É exatamente por causa desta mania de idealizar o outro e o amor, de querer garantir que tudo se desenrole com perfeição, que a maioria das pessoas termina estragando o que mal começou.

Claro! Esta urgência que é alimentada internamente e, na maioria das vezes, inconscientemente, transforma-se em insegurança e, por conseguinte, em cobrança, em pressão, em necessidades exageradas. Enfim, transforma-se em tensão, peso, chatice...

O que deveria ser um tempo de prazer, leveza, diversão, muita conversa... tempo de se conhecerem melhor e rirem juntos de si mesmos e da vida, passa a provocar em ambos a impressão de que estão vivendo numa contagem regressiva para a explosão de uma bomba-relógio.

Assim não dá! Não há quem agüente por muito tempo... E o final dessa história é aquela triste sensação de que tinham tudo para dar certo, mas... não se sabe por que, deu errado!. Será que não é hora de parar e refletir sobre o quanto você está confiando em si mesmo, na vida e no fluxo do universo?

Será que você não está criando qualidades e vendo coisas que nem existem? Será que o outro é real ou é invenção da sua cabeça? Sim, porque tem gente que, de tão ansiosa, termina enxergando príncipes e princesas onde só existem pessoas. Pessoas normais, imperfeitas, com seus medos e desejos... e que têm limites e que se assustam com tantas idealizações e expectativas, e que só querem, no final das contas, uma chance para ser feliz...

Sim, eu sei. Na teoria, é exatamente isso que você quer também! Mas é preciso agir, na prática, com essa mesma lógica. Se você quer uma chance, se dê uma chance! Se você quer ser feliz, aja como quem é feliz. Se você quer que essa relação dê certo, pare de tentar acelerar os acontecimentos e deixe rolar!

Isso! Deixe rolar... deixe acontecer... vá se colocando aos poucos, falando sobre você, o que sente e quer... Mas pare de transformar essa possibilidade numa espécie de ameaça. Senão, em vez de ser feliz, você e a pessoa amada conseguirão apenas viver à beira de um ataque de nervos! E amor não tem nada a ver com isso...

Fonte: Stum.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Alguns acham...


Que os seus desejos são os mesmos que os de todo mundo;
Que uma mulher não pode ser feliz sozinha e sem filhos;
Que fazer piadas pesadas, mesmo que, com amigos, não machuca;
Que quem gosta de rir dos outros, é alguém divertido;
Que para amar é preciso ter beleza, especialmente, física;
Que mandar recados indiretos, via redes sociais, é mais decente do que dizer cara-a-cara;
Que pode-se usar os outros em joguinhos, sem pedir permissão;
Que fazer-se de vítima é uma forma de conseguir admiração;
Que ostentar riqueza garante felicidade;
Que tentar mostrar ao mundo, o tempo todo, que não se precisa de ninguém afetivamente é uma forma de fortaleza;
Que quem está sozinho sente a falta de alguém o tempo todo;
Que ir atrás de alguém e ser rejeitado revela fragilidade;
Que só alguns têm o direito de ser feliz;
Que seu sofrimento é sempre maior que o do outro;
...

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vontade...


Chegamos a esta fase... Uma vontade louca de nos tocar, nos sentir, nos beijar...

Canções que me inspiram - Felicidade - Marcelo Jeneci



Felicidade 
Marcelo Jeneci

Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz,
Sentirá o ar sem se mexer,
Sem desejar como antes sempre quis,
Você vai rir... sem perceber,
Felicidade é só questão de ser,
Quando chover... deixar molhar...
Pra receber o sol quando voltar.
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz,
Se chorar, chorar é vão,
Porque os dias vão pra nunca mais...
(Refrão)
Melhor viver meu bem,
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você,
Chorar, sorrir também e depois dançar na chuva
Quando a chuva vem.
Melhor viver meu bem,
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você,
Chorar, sorrir também e dançar,
Dançar na chuva quando a chuva vem.
Tem vez que as coisas pesam mais
Do que a gente acha que pode aguentar,
Nessa hora fique firme pois tudo isso logo vai passar,
Você vai rir... sem perceber...
Felicidade é só questão de ser,
Quando chover... deixar molhar...
Pra receber o sol quando voltar.
(Refrão)
Melhor viver meu bem,
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você,
Chorar, sorrir também e depois dançar na chuva
Quando a chuva vem.
Melhor viver meu bem,
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você,
Chorar, sorrir também e dançar,
Dançar na chuva quando a chuva vem.
Dançar na chuva quando a chuva vem.
Dançar na chuva quando a chuva vem.
Dançar na chuva quando a chuva,
Dançar na chuva quando a chuva vem.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Com calma...


E, com tanta emoção e euforia, concordamos que devemos ir devagar, pois ainda demora um tempo para nos encontrarmos. Foi uma conversa franca, de alguém que não quer sofrer e nem iludir. O que ficou claro é o forte sentimento  que estamos vivenciando e uma vontade louca de nos ver logo. Foi acordado que nos trataremos sem tantos carinhos, como amigos...
Porém, viajei por alguns dias e ele ficou enlouquecido atrás de mim, mandou mensagens dizendo que estava com saudades... E, eu não parei de pensar nele também... Tomara que essa história seja sempre linda como está sendo!

* Dias antes, ele falou de mim para a mãe e ela participou do início da nossa conversa para me conhecer, me perguntou algumas coisas culturais. Foi legal!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Canções que me inspiram - Olhos nos olhos - Chico Buarque


Olhos Nos Olhos
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque

Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci.

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando,
Me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.

Quando talvez precisar de mim,
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você diz.
Quero ver como suporta me ver tão feliz.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Por que a pessoa sumiu assim, do nada?

Por que a pessoa sumiu assim, do nada?

Rosana Braga

Você conhece alguém, troca mensagens com esta pessoa, falam-se ao telefone e até saem algumas vezes juntos. Tudo o leva a crer que este encontro promete um prolongamento, uma concretização, um final feliz.

Empolgação, investimento, foco, alegria... e você realmente começa a acreditar que, desta vez, vai ser diferente! Porém, de repente, não mais que de repente, o ser humano desaparece! Assim mesmo, do nada, sem deixar recado ou ao menos dizer um "fui".

Você fica se perguntando o que houve, se fez algo errado, se forçou a barra, viajou na maionese ou algo neste sentido... Mas, não! Não encontra nenhum motivo que justifique atitude tão paradoxal - o tal sumiço.

Chega a se questionar sobre a possibilidade de o sujeito ter sido abduzido, ter perdido a voz ou sofrido algum tipo de amnésia, mas logo se dá conta de que tudo isso é muito, muito pouco provável.

E sua mente não pára de raciocinar! Você diz a si mesmo: bem, qualquer pessoa com o mínimo de noção de educação deveria saber que se toda frase merece um ponto final ou ao menos reticências, o que dirá um relacionamento, por mais recém-nascido que seja.

E você tem razão: o fato é que são raras as vezes em que a "saída à francesa" é a melhor escolha! Portanto, é bem possível que este não seja o caso e que sua angústia diante do sumiço do outro faça sentido!

No entanto, por mais que seja compreensível esse sentimento, nada justifica o prolongamento indefinido dele. Ou seja, se você estava se relacionando com alguém que, do nada, desapareceu, sugiro que tente, sim, fazer contato, verificar se está tudo bem. Mas se não obteve retorno, o melhor que tem a fazer é esquecer esta história!

A simples decisão da pessoa de sumir deve servir para lhe mostrar que, em última instância, não faria sentido continuar investindo na relação. O que tinha de ser, já foi! E o que não foi, não era pra ser. Simples assim. E qualquer conclusão diferente desta só vai fazer você se afogar num sem-fim de perguntas para as quais não encontrará as respostas.

Portanto, seja inteligente e, sobretudo, razoável consigo mesmo. Não se maltrate e nem permita que a falta de consideração de alguém preencha seus dias com lamentos e sensação de rejeição. Cada um tem suas razões e, por mais amargo que seja admitir, talvez esta pessoa simplesmente não saiba lhe contar quais são as dela...

No final das contas, pode apostar que se ficou algo importante a ser dito, algum dia ela vai dar um jeito de fazê-lo. Senão, lembre-se: para quem tem a autoestima em dia, um silêncio como este deve se transformar no mais perfeito "já foi tarde"!

Fonte: Stum.

*Isso me fez lembrar o ex... O melhor é parar de procurar respostas, realmente!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Amor pela internet, acontece mesmo?


Conheci um rapaz pela internet, ele me "achou" num site de ensino de idiomas e, desde então, não paramos mais de nos falar, várias vezes ao dia, inclusive... Ele é lindo, tem bom papo, é inteligente e é muito simpático... Boas qualidades! É mais novo que eu, pouca coisa, mas isso não importa muito. Claro que sei que tem defeitos, assim como eu! 
A verdade é que estou gostando disso tudo. Ele já planeja vir ao Brasil em julho do ano que vem. Espero que dê certo, quero acreditar, mas não me iludir. Vamos deixar as coisas seguirem e vê no que dará, mas sempre com os pés no chão...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Esos locos que corren...

Esos Locos que corren (vídeo e texto)* 



"Esos locos que corren Yo los conozco. Los he visto muchas veces. Son raros. Algunos salen temprano a la mañana y se empeñan en ganarle al sol. Otros se insolan al mediodía, se cansan a la tarde o intentan que no los atropelle un camión por la noche. Están locos. En verano corren, trotan, transpiran, se deshidratan y finalmente se cansan... sólo para disfrutar del descanso. En invierno se tapan, se abrigan, se quejan, se enfrían, se resfrían y dejan que la lluvia les moje la cara. Yo los he visto. Pasan rápido por la rambla, despacio entre los árboles, serpentean caminos de tierra, trepan cuestas empedradas, trotan en la banquina de una carretera perdida, esquivan olas en la playa, cruzan puentes de madera, pisan hojas secas, suben cerros, saltan charcos, atraviesan parques, se molestan con los autos que no frenan, disparan de un perro y corren, corren y corren. Escuchan música que acompaña el ritmo de sus piernas, escuchan a los horneros y a las gaviotas, escuchan sus latidos y su propia respiración, miran hacia delante, miran sus pies, huelen el viento que pasó por los eucaliptos, la brisa que salió de los naranjos, respiran el aire que llega de los pinos y entreparan cuando pasan frente a los jazmines.

Yo los he visto. No están bien de la cabeza. Usan championes con aire y zapatillas de marca, corren descalzos o gastan calzados. Traspiran camisetas, calzan gorras y miden una y otra vez su propio tiempo. Están tratando de ganarle a alguien. Trotan con el cuerpo flojo, pasan a la del perro blanco, pican después de la columna, buscan una canilla para refrescarse... y siguen. Se inscriben en todas las carreras... pero no ganan ninguna. Empiezan a correrla en la noche anterior, sueñan que trotan y a la mañana se levantan como niños en Día de Reyes. Han preparado la ropa que descansa sobre una silla, como lo hacían en su infancia en víspera de vacaciones. El día antes de la carrera comen pastas y no toman alcohol, pero se premian con descaro y con asado apenas termina la competencia. Nunca pude calcularles la edad pero seguramente tienen entre 15 y 85 años. Son hombres y mujeres. 

No están bien. Se anotan en carreras de ocho o diez kilómetros y antes de empezar saben que no podrán ganar aunque falten todos los demás. Estrenan ansiedad en cada salida y unos minutos antes de la largada necesitan ir al baño. Ajustan su cronómetro y tratan de ubicar a los cuatro o cinco a los que hay que ganarles. Son sus referencias de carrera: 'Cinco que corren parecido a mí'. Ganarle a uno solo de ellos será suficiente para dormir a la noche con una sonrisa. Disfrutan cuando pasan a otro corredor... pero lo alientan, le dicen que falta poco y le piden que no afloje. Preguntan por el puesto de hidratación y se enojan porque no aparece. Están locos, ellos saben que en sus casas tienen el agua que quieran, sin esperar que se la entregue un niño que levanta un vaso cuando pasan. Se quejan del sol que los mata o de la lluvia que no los deja ver. Están mal, ellos saben que allí cerca está la sombra de un sauce o el resguardo de un alero. No las preparan... pero tienen todas las excusas para el momento en que llegan a la meta. No las preparan...son parte de ellos. 

El viento en contra, no corría una gota de aire, el calzado nuevo, el circuito mal medido, los que largan caminando adelante y no te dejan pasar, el cumpleaños que fuimos anoche, la llaga en el pie derecho de la costura de la media nueva, la rodilla que me volvió a traicionar, arranqué demasiado rápido, no dieron agua, al llegar iba a picar pero no quise. Disfrutan al largar, disfrutan al correr y cuando llegan disfrutan de levantar los brazos porque dicen que lo han conseguido. ¡Qué ganaron una vez más! No se dieron cuenta de que apenas si perdieron con un centenar o un millar de personas... pero insisten con que volvieron a ganar. Son raros. Se inventan una meta en cada carrera. Se ganan a sí mismos, a los que insisten en mirarlos desde la vereda, a los que los miran por televisión y a los que ni siquiera saben que hay locos que corren. Les tiemblan las manos cuando se pinchan la ropa al colocarse el número, simplemente por que no están bien.

Los he visto pasar. Les duelen las piernas, se acalambran, les cuesta respirar, tienen puntadas en el costado... pero siguen. A medida que avanzan en la carrera los músculos sufren más y más, la cara se les desfigura, la transpiración corre por sus caras, las puntadas empiezan a repetirse y dos kilómetros antes de la llegada comienzan a preguntarse que están haciendo allí. ¿Por qué no ser uno de los cuerdos que aplauden desde la vereda? Están locos. Yo los conozco bien. Cuando llegan se abrazan de su mujer o de su esposo que disimulan a puro amor la transpiración en su cara y en su cuerpo. Los esperan sus hijos y hasta algún nieto o algún abuelo les pega un grito solidario cuando atraviesan la meta. Llevan un cartel en la frente que apaga y prende que dice 'Llegué –Tarea Cumplida'. Apenas llegan toman agua y se mojan la cabeza, se tiran en el pasto a reponerse pero se paran enseguida porque lo saludan los que llegaron antes. Se vuelven a tirar y otra vez se paran porque van a saludar a los que llegan después que ellos. Intentan tirar una pared con las dos manos, suben su pierna desde el tobillo, abrazan a otro loco que llega más transpirado que ellos. 

Los he visto muchas veces. Están mal de la cabeza. Miran con cariño y sin lástima al que llega diez minutos después, respetan al último y al penúltimo porque dicen que son respetados por el primero y por el segundo. Disfrutan de los aplausos aunque vengan cerrando la marcha ganándole solamente a la ambulancia o al tipo de la moto. Se agrupan por equipos y viajan 200 kilómetros para correr 10. Compran todas las fotos que les sacan y no advierten que son iguales a las de la carrera anterior. Cuelgan sus medallas en lugares de la casa en que la visita pueda verlas y tengan que preguntar. Están mal. -Esta es del mes pasado- dicen tratando de usar su tono más humilde. –Esta es la primera que gané- dicen omitiendo informar que esa se la entregaban a todos, incluyendo al que llegaba último y al inspector de tránsito. Dos días después de la carrera ya están tempranito saltando charcos, subiendo cordones, braceando rítmicamente, saludando ciclistas, golpeando las palmas de las manos de los colegas que se cruzan. Dicen que pocas personas por estos tiempos son capaces de estar solos -consigo mismo- una hora por día. 

Dicen que los pescadores, los nadadores y algunos más. Dicen que la gente no se banca tanto silencio. Dicen que ellos lo disfrutan. Dicen que proyectan y hacen balances, que se arrepienten y se congratulan, se cuestionan, preparan sus días mientras corren y conversan sin miedos con ellos mismos. Dicen que el resto busca excusas para estar siempre acompañado. Están mal de la cabeza. Yo los he visto. Algunos solo caminan... pero un día... cuando nadie los mira, se animan y trotan un poquito. En unos meses empezarán a transformarse y quedarán tan locos como ellos. Estiran, se miran, giran, respiran, suspiran y se tiran. Pican, frenan y vuelven a picar. Me parece que quieren ganarle a la muerte. Ellos dicen que quieren ganarle a la vida. Están completamente locos". 

Marciano Durán - Escritor Uruguayo

*Este texto foi enviado por uma amigo que conheci há poucos dias e que tem se mostrado muito especial. Trata-se de uma metáfora da vida... De alguém forte, que enfrenta as dificuldades e dores; que cai e se levanta; que não desiste, mas resiste; que sente, mas não se ressente... Enfim, sobre os altos e baixos, que todos nós enfrentamos, ao longo da vida. Completamente inspirador!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Uma lição de vida...


Ao assistir este vídeo com o relato da vida de Steve Jobs e tudo o que se passou até torná-lo um gênio, me convenço ainda mais que tudo acontece de forma interligada,  com o destino e a vontade de Deus mediando tudo! R.I.P. Steve Jobs...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Feliz aniversário para mim...


"El hombre busca la eterna felicidad... Se pasa mas de la mitad de su vida intentando averiguar en que lugar vive, donde camina, que tonalidad adopta cada uno de sus amaneceres... El hombre es el buscador mas tenaz de la creación y va dejando pasar en su búsqueda almas, aromas, colores y sabores que habrían dado a su corta vida toda la grandeza de su eterna felicidad. Nadie le enseñó, ni le enseña, ni creo que nunca le enseñarán a percibir la sinfonía de los juguetes perdidos que se van dejando por donde caminamos con prisa, solo la magia que le da su mano y le enseña a ver esos colores, es la puerta de salvación para su aventura.....Pero el hombre sigue, insiste y no cesa de caminar, mientras la magia le sigue de cerca llorando su terquedad".

JUAN S.D.T.

*Primeiramente, desejo que Deus me dê saúde, mas também necessito que outros desejos sejam realizados, Ele sabe quais são... Que, enfim, boas novas aconteçam e que tragam consigo felicidades e momentos repletos de amor!


A crise dos 30...



Encontrei este artigo aqui, que debate várias questões que envolvem a chegada dos 30 anos para uma mulher. Estou em crise e confesso! Meu consolo é que pareço ser bem mais nova... A chegada aos trinta seria menos dolorosa se algumas coisas tivessem acontecido na minha vida, mas enfim...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Virando à esquina... Rumo aos 30 - Parte 2



Nada mais justo

“À medida que envelheço, e convivo com outras, valorizo mais as mulheres que estão acima dos 30. Estas são algumas razões do porquê:
- Uma mulher de 30 nunca o acordará no meio da noite para perguntar: “O que você está pensando?” Ela não se importa com o que você pensa, mas se dispõe de coração se você tiver a intenção de conversar.
- Se uma mulher de 30 não quer assistir o jogo, ela não fica à sua volta resmungando. Ela faz alguma coisa que queira fazer. E, geralmente é alguma coisa bem mais interessante.
- Uma mulher de 30 se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer. Poucas mulheres de 30 se incomodam com o que você pensa dela ou sobre o que ela está fazendo.
- Mulheres dos 30 são honradas. Elas raramente brigam aos gritos com você durante a ópera ou no meio de um restaurante caro. É claro, que se você merecer, elas não hesitarão em atirar em você, mas só se ainda assim elas acharem que poderão se safar impunes.
- Uma mulher de 30 tem total confiança em si para apresentar-te para suas melhores amigas. Uma mulher mais nova com um homem tende a ignorar mesmo sua melhor amiga porque ela não confia no cara com outra mulher. E falo por experiência própria. Não se fica com quem não se confia, vivendo e aprendendo, né???
- Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem. Você nunca precisa confessar seus pecados para uma mulher de 30. Elas sempre sabem…..
- Uma mulher com mais de 30 fica linda usando batom vermelho. O mesmo não ocorre com mulheres mais jovens
- Mulheres mais velhas são diretas e honestas. Elas te dirão na cara se você for um idiota, se você estiver agindo como um!
- Você nunca precisa se preocupar onde você se encaixa na vida dela. Basta agir como homem, e o resto deixe que ela faça.
- Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 por um “sem” número de razões. Infelizmente, isso não é recíproco. Para cada mulher de mais de 30, estonteante, inteligente, bem apanhada e sexy, existe um careca, velho, pançudo em calças amarelas bancando o bobo para uma garçonete de 22 anos.
Senhoras, eu peço desculpas: Para todos os homens que dizem: “porque comprar a vaca se você pode beber o leite de graça?”, aqui está a novidade para vocês:
Hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento, sabe por quê?
Porque as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma linguiça”.
Arnaldo Jabor

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Virando à esquina... Rumo aos 30 - Parte 1




As mulheres de trinta


"que mais as espanta é que, de repenteelas percebem que  são balzaquianas. Mas poucas balzacas leram A Mulher de Trinta, do Honoré de Balzac, escrito há mais de 150 anos. Olhe o que ele diz:
“Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusõesmuita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...)Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovemsob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer”.
Madame Bovary, outra francesa trintona, era tão maravilhosa que seu criador chegou a dizer diante dos tribunais: “Madame Bovary c’ést moi”.  E a Marylin Monroe que fez tudo aquilo entre 30 e 40?
Mas voltemos à nossa mulher de trinta, a brasileira-tropicana, aquela que podemos encontrar na frente das escolas pegando os filhos ou num balcão de bar bebendo um chope sozinhaSim, a mulher de trinta bebe. mulher de trinta é morena. Quando resolve fazer a besteira de tingir os cabelos de amarelo-hebe passam, automaticamente a terem 40. E o que mais encanta nas de trinta é que parecem que nunca vão perder aquele jeitinho que trouxeram dos 20. Maspara issocomo elas se preocupam com a barriguinha.
mulher de trinta está para se separarOu  se separou. São raras as mulheres que passam por esta faixa sem terminar um casamento. Em compensaçãoainda antes dos quarenta elas arrumam osegundo e definitivo.
grande maioria têm dois filhosGeralmente um casal. As que ainda não tiveram filhos se tornam um perigoquando estão ali pelos 35. Periga pegarem o primeiro quarentão que encontrarem pela frenteElas querem casar.
Elas talvez não saibam, mas são as mais bonitas das mulheres. Acho até que a idade mínima para concurso de miss deveria ser 30 anos. Desfilam como gazelasembora eu nunca tenha visto uma (gazela). Sorriem e nos olham com uns olhos claros notou que elas têm olhos claros? E as que usam uns cabelos longos e ondulados e ficam a todo momento jogando as melenas para trás? É de matar.
problema com esta faixa de idade é achar uma que não esteja terminando alguma tese ou TCC. E eu pergunto: existe algo mais excitante do que uma médica de 32 anostoda de brancocom oestetoscópio balançando no decote do seu jaleco diante daqueles hirtos seios? E mulher de trinta guiando jipeCovardia.
mulher de trinta ainda não fez plásticaNão precisa. Está com tudo em cima.  Ela, ao contrário das de vinte, nunca ficaram. Quando resolvem vão pra valer. Fazem sexo como se fosse a última vez. Amulher de trinta morde, gritasua como ninguémNão finge. Mata o homem, tenha ele vinte ou 50. E o hálitoentão? É fresco. E os pelinhos nas costas pra baixoque mais parecem pele de pêssego,como diria o Machado se referindo a Helena queinfelizmentenunca chegou aos 30?
Mas o que mais me encanta nas mulheres de trinta é a independência. Moram sozinhas e suas casas tem ainda um frescor das de 20 e a maturidade das de 40. Adoram flores e um cachorrinho pequeno. Curtem janelas abertasElas sabem escolher um travesseiro. E amam quem querem, a hora que querem e onde querem. E o mais importante: do jeito que desejam.
São fortes as mulheres de trinta. E não têm pressa pra nada. Sabem onde vão chegar. E sempre chegam.
Chegam  atrás, no Balzac: “a mulher de trinta anos satisfaz tudo”.
PontoPra elas".

Mário Prata

*Destacado em negrito os trechos que mais têm a ver comigo... Faltam apenas dois dias para me tornar uma balzaquiana... Estou em crise, confesso, o tempo passou e eu não vi! Não me sinto com trinta anos, não vivi nem metade do que muitas da minha idade e, mesmo com esforços, ainda não conquistei nada do que sonhava... Será que consigo???

sábado, 3 de setembro de 2011

Refletindo e concordando




"A gente não pode viver só e ser forte. A gente precisa ter alguém a quem segurar a mão." (Ingmar Bergman)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Canções que me inspiram - Lost - Katy Perry


Não sei...


Nem sei o que escrever aqui hoje ou se era mesmo para escrever, mas vim parar aqui... Talvez o que haja para dizer é que: sou uma sonhadora, uma insistente esperançosa, que teima em acreditar. Chego de peito aberto, pronta para a entrega... 
Ei, vida! O que quer de mim? O prazo está acabando...
Os pensamentos estão à mil, acompanhados da insônia. Queria desligá-los... Pensar, às vezes, dói e, pior, não resolve nada... Realmente, não sei o que fazer, como fazer e o que será? Estou perdida, totalmente perdida!

domingo, 7 de agosto de 2011

Encontrando palavras em Clarice...


Estou lendo Clarice Lispector e este trecho do livro, imediatamente, me fez lembrá-lo:

"Existe um ser que mora dentro de mim, como se fosse casa dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustroso, que apesar de inteiramente selvagem — pois nunca morou antes em ninguém, nem jamais lhe puseram rédeas, nem sela — apesar de inteiramente selvagem tem, por isso, mesmo uma doçura primeira, de quem não tem medo: come às vezes na minha mão. Seu focinho é úmido e fresco. Eu beijo o seu focinho. Quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito. A menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa não tenha medo daquilo que é, ao mesmo tempo, selvagem e suave. Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome. Ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridade, ele vai. Se ele fareja e sente que um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e vai. Aviso também que não se deve temer o seu relinchar: a gente se engana e pensa que é a gente mesma que está relinchando de prazer ou de cólera, a gente se assusta com o excesso de doçura do que é isto pela primeira vez". 

Clarice Lispector, em Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres, de 1969, p. 15.

Fluxo contrário de novo...


Ao ler esta notícia aqui, sobre os portugueses imigrarem em busca de oportunidades no Brasil. Fiquei me perguntando se os brasileiros tratarão os portugueses da forma como são tratados por alguns deles... E, cheguei a conclusão de que não! Primeiro, porque os brasileiros são amistosos; segundo, porque não temos a mesma rivalidade ou nos achamos superiores. Agora, como eles lidarão com as diferenças do português??? O falado no Brasil é bem diferente do de Portugal, o que o faz ser ridicularizado pelos portugueses, que se esquecem de que somos um país influenciado por muitas culturas/nacionalidades diferentes, além da deles, por isso, essa riqueza cultural e linguística. Talvez com esse contingente de imigrantes, haja mais respeito pelo Brasil, coisa que, desde a colonização não houve...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ê vida, não te entendo...


E não é que estou recebendo a ajuda do ex, alguém que eu nem queria perto de novo, por já ter sofrido muito, mas que agora, parece ser a minha única chance.
Ele, continua igual, exceto na aparência, pois está mais gordo e com a barba que adoro. Enfim, que Deus me proteja, não quero cometer esse erro de novo (seria a 3ª vez). Chega de chorar por quem não quer o mesmo que eu.
Apesar de tudo, sinto que ele não é o que tenta aparentar, mas até ele se mostrar como realmente é, ainda tem um caminho longo...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Hoje 1º dia de trabalho



Hoje 1º dia de trabalho do concurso, tantas reflexões, tantas coisas para contar, mas falta-me ânimo... Basta dizer que, preciso passar, urgentemente, em outro concurso! :-/

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Hora da mudança

Foto de Jil Norberto para o site 1000imagens.com

E a hora da mudança chegou... Sabia que seria em breve, mas não que fosse tão breve e inesperada! O concurso ainda não me convocou, mas aceitei um trabalho numa escola, que, provavelmente, será a que trabalharei mesmo, após convocação. Assim, me mudarei de cidade amanhã e começo o trabalho na segunda.
Estou ansiosa e com muito medo, mas sei que preciso superar e pensar positivo. Com fé em Deus, tudo correrá da melhor maneira! Com certeza, se não fosse Ele, isso não estaria acontecendo. Penso sempre assim... Que tudo acontece por motivo/razões muito maiores do que imaginamos e, se assim é, é por vontade divina. Espero ter felicidades nisso tudo. Me desejem sorte!
Se der uma sumidinha daqui, é devido aos contratempos. Inicialmente, morarei com uma amiga e sua família, por isso, não sei como será... Além disso, tem as obrigações do trabalho. De qualquer modo, como já antecipei anteriormente, neste post, continuarei estudando para outros concursos, que tenham atividades mais próximas do que quero realmente exercer... Até mais!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Canções que me inspiram - Caçador de mim - Milton Nascimento


Caçador de Mim
Composição: Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão
Intérprete: Milton Nascimento


Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim

Esperar traz Incômodo?

Por Maria Cristina Tanajura


Salvador Dalí
Num mundo onde todos nós vivemos numa correria louca, buscando fazer tudo o que precisamos num espaço de tempo que parece encolher cada dia mais, está ficando muito difícil ESPERAR.
Quando precisamos fazer isto no trânsito nos estressamos, nas filas, também. Passamos o dia aborrecidos, porque temos que aprender a esperar, quando isto parece ser exatamente o que não deveríamos estar fazendo.

Hoje, pensando, veio-me à mente que esperar tem tudo a ver com ter esperança! As palavras até se parecem e, na verdade, o Universo tem o seu ritmo e sabe obedecer a ele, sem revoltas. O Sol espera o momento de renascer no nosso lado do planeta, as marés têm sempre obedecido ao tempo de fluxo e refluxo, as flores não decidem o momento de desabrochar, mas fluem com a Vida. E nós, por que vivemos tão fora do equilíbrio do cosmos, buscando ter várias experiências ao mesmo tempo, fazendo com as mãos uma coisa, com a mente outra, sem ritmo e sem estarmos realmente presentes em tudo o que criamos ou dizemos sentir?

O Amor Eterno nos espera sempre! E nos dá a oportunidade de aprender sempre, através das várias encarnações. Nossa é a decisão do que focar, nesta nossa curta existência, seja ela de muitos ou poucos anos - coisa que também não determinamos.
Mantendo esta linha de pensamento, percebi que precisamos manter viva a esperança com relação a qualquer coisa que queiramos um dia alcançar. Não importa o número de anos que gastemos na busca, na realização, pois um dia chegaremos... Mas precisamos saber esperar sem desânimo, com o otimismo daqueles que sabem que conseguiremos tudo o que verdadeiramente quisermos e for bom para o Todo.
Se vivermos sempre o momento de agora, a espera não nos parecerá traumática, pois naquela fração de instante sentiremos que somos algo muito profundo e valioso, que não precisa das realizações que nos afligem tanto para sermos importantes. Somos e, por sermos, temos um valor eterno e infinito!

Não importa se hoje não conquistei o que tanto tenho sonhado. O fato de desejá-lo tanto já é uma prova de que já é meu, fora do tempo e do espaço. Assim, posso esperar com paciência que se materialize.
De agora em agora, vou andando, procurando estar consciente do que faço e do que me acontece, de tudo que sinto, do ambiente em torno, das coincidências e das negativas da Vida. Tudo obedece a uma ordem muito maior do que minha mente pode controlar ou perceber.

Se já compreendo que o tempo não existe, ou melhor, que o passado e o futuro nada são, se consigo viver no agora, não me frustro, pois nesta fração de segundo, em que estou realmente presente, tudo é fantástico e completo!
Na verdade, só me sinto "esperando" algo, porque me transporto para um futuro que não existe e que nunca irá existir... Mas Eu Estou aqui, neste momento e isto sou eu; importa. Não preciso do que virá, pois já sou. Posso relaxar como faz o Sol, como as flores fazem, pois estou caminhando, sou andarilho no tempo, indo cada vez mais profundamente para um local de paz, que está em mim, agora!

Mantendo viva a esperança! Não importa quando, chegarei, chegaremos todos. Uns mais rapidamente, outros mais vagarosamente, uns caindo e levantando, outros eretos a maior parte do tempo, não faz tanta diferença. Precisamos da consciência do Agora e só assim deixaremos de esperar, pois já estaremos lá.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Canções que me inspiram - Ilusión/Ilusão - Marisa Monte e Julieta Venegas


Ilusión / Ilusão
Julieta Venegas e Marisa Monte

Uma vez eu tive uma ilusão
E não soube o que fazer
Não soube o que fazer
Com ela
Não soube o que fazer
E ela se foi
Porque eu a deixei
Por que eu a deixei?
Não sei
Eu só sei que ela se foi
Mi corazón desde entonces
La llora diario
No portão
Por ella
No supe que hacer
Y se me fue
Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue
Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Vivê-la feliz
É a ilusão de que volte
O que me faça feliz
Faça viver
Por ella no supe que hacer
Y se me fue
Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue
Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque não me deixei tentar
Vivê-la feliz
Sei que tudo o que eu queria
Deixei tudo o que eu queria
Porque no me dejo
Tratar de hacerla feliz
Porque la deje
¿Por que la deje?
No sé
Solo sé que se me fue

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Como saber quando alguém não está tão a fim de você?

Por Rosana Braga


Bem, de verdade mesmo, quando o intuito é saber o que uma pessoa está sentindo, o modo mais seguro e simples seria o óbvio ululante: perguntando para ela! Entretanto, considerando que nem todos conseguem ser tão diretos e sinceros – seja para perguntar ou para responder – especialmente quando o assunto é sentimento ou desejo, esta pode não ser a forma mais eficiente. Sim, é difícil ser óbvio, na maioria das vezes. E talvez seja por isso que os relacionamentos nos desafiem tanto!

Portanto, se você não pretende perguntar, ou ainda, se já perguntou, mas a resposta obtida não te convenceu, sugiro que lance mão de duas ferramentas próprias também bastante eficientes: a observação e a intuição.

A observação servirá para você diferenciar as atitudes de quem está a fim e de quem não está, seja de você ou de qualquer outra pessoa. E a intuição servirá para você se dar conta do que acontece ao seu redor e que nem sempre é tão evidente. A intuição é uma espécie de linguagem do coração: nos dá respostas que as palavras, muitas vezes, não conseguem.

Entretanto, penso que mais fácil do que identificar as ações de alguém que não está a fim de você, seja constatar as ações de quem está a fim. Lembre-se de que gostar de alguém não tem a ver somente com palavras, mas principalmente com atitudes. Afinal, não basta sentir, é preciso agir de modo coerente com tais sentimentos. Então, fique de olho nessas dicas de como se comporta alguém que está a fim de você:

- Quem está a fim, demonstra interesse, quer saber da sua vida, do seu dia, dos seus planos e desejos.
- Quem está a fim, quer te ver, quer marcar um café, um cinema, uma balada ou um simples esbarrão onde seus caminhos se cruzam...
- Quem está a fim, liga, manda mensagem, torpedo, carta, sinal de fumaça, qualquer coisa... mas não desaparece!
- Quem está a fim, cumpre o que promete. E quando não pode cumprir, se justifica, se explica, pede desculpas.
- Quem está a fim, não vive inventando desculpas duvidosas ou esfarrapadas para os recorrentes sumiços ou furos.
- Quem está a fim, sente saudades, reclama sua ausência, esforça-se para viabilizar um encontro, nem que tenha de fazer parecer mera coincidência.
- Quem está a fim, dá um jeito de descobrir do que você gosta, porque o que mais quer é te agradar, surpreender, conquistar, seduzir...
- Quem está a fim, não vai embora só porque vocês discutiram, não desiste de você depois do primeiro obstáculo. Quem está a fim, persiste, insiste, tenta até o fim...


E por essas e outras, você já pode ter uma noção da diferença entre quem quer e quem não quer estar com você. Eu sei que quando a gente está a fim, quer dar mais uma chance, tentar conquistar, tentar mudar o panorama desfavorável. Ok! Não há nada de errado nisso! No entanto, fique atento para não extrapolar seu próprio limite.

Se o outro insiste em dizer ou demonstrar que não quer, que não é a melhor hora, o ideal mesmo, para não se machucar e detonar a sua autoestima, é amargar alguns dias de rejeição e, em seguida, partir pra outra. Bola pra frente. Não vale a pena ficar investindo toda sua energia numa pessoa que já deixou claro que não tem espaço para você na vida dela.

E tome bastante cuidado principalmente com aqueles que adoram levar o outro em banho-maria. Num dia, são românticos, carinhosos, queridos, apaixonados. No outro, desaparecem ou são grosseiros, frios e te tratam como se você fosse um intruso, insistente e chato. Fuja desse tipo de gente, porque são sinônimos de sofrimento intenso. São enlouquecedores! *

Muito pior do que um claro não, é um constante sim-não-sim-não-sim.... Isso, ninguém merece! É jogo sujo, golpe baixo, covardia...


*Realmente são, já passei por isso...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Canções que me inspiram - Nada sei - Kid Abelha


Nada Sei

Kid Abelha

Composição : Paula Toller/George Israel
Nada sei dessa vida
Vivo sem saber
Nunca soube, nada saberei
Sigo sem saber...
Que lugar me pertence
Que eu possa abandonar
Que lugar me contém
Que possa me parar...
Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto tempo me deixar
Errando
Enquanto o tempo me deixar...
Nada sei desse mar
Nado sem saber
De seus peixes, suas perdas
De seu não respirar...
Nesse mar, os segundos
Insistem em naufragar
Esse mar me seduz
Mas é só prá me afogar...
Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto o tempo me deixar
Errando
Enquanto o tempo me deixar...
Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando
Enquanto o tempo
Me deixar passar
Errando
Enquanto o tempo me deixar...
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