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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Plágio e a difícil tarefa de encontrar um advogado honesto...


Descobri há poucos meses, que meu artigo científico, publicado numa revista universitária federal, foi reproduzido integralmente numa apostila para concursos, especificamente, o concurso para o Senado Federal.
Iria fazer o concurso e resolvi comprar uma apostila para estudar em casa. Assim que a apostila chegou, comecei a folheá-la e, para minha surpresa, meu artigo estava lá. Na hora, nem tive muita reação, fiquei tão perplexa! Me recusei a acreditar, mas li o artigo completo e era ele mesmo! Logo após, informei a minha ex-orientadora sobre o que havia acontecido e começamos a pensar nas providências a serem tomadas.

Minha procura por um advogado, aparentemente, seria fácil. O primeiro deles consultado, é pai de uma amiga e, teoricamente, seria a escolha mais acertada. Entretanto, apesar de falar em amizade, ele me disse que deveríamos fazer um contrato de risco (tudo ou nada), em que quando ganhasse a indenização, tudo seria dividido em 50% para cada, ou seja, ele me cobrou 50% do valor total, em uma CAUSA GANHA, como ele mesmo confessou à filha (ela acabou me contando isso em outro momento/contexto). Me tratou como idiota! Será que eu não sei os meus direitos? Fico imaginando o quanto ele não ganha enrolando as pessoas ingênuas... MEU DEUS! UM GRANDE ABSURDO! LAMENTÁVEL! Claro que não aceitei, não disse nada a ele e não o procurei mais. Depois, conversei com a minha amiga que não faria o processo com o pai dela; percebi que ela ficou chateada, mas não tive coragem de dizer o real motivo de não ter aceitado. Afinal, é o pai dela. Ela queria que eu dissesse isso ao pai dela, para dar uma satisfação, só porque ele foi consultado. Não fiz isso, óbvio! Estamos levando a amizade numa boa, na medida do possível, mas sinto que ela ficou chateada, fazer o quê?

Depois, falei com um ex-paquera, que é advogado. Ele, aparentemente, se interessou pelo caso, especialmente, pelo ganho ($$$) que teria. Depois, disse que eu deveria reunir as provas e levar no escritório novo, que ele havia montado com outros advogados, de uma forma bem esnobe e com pouco caso. Mais uma vez, desisti e nem me dei ao trabalho de informá-lo ou de dar uma satisfação.

Por fim, já a ponto de desistir, procurei uma advogada, desconhecida para mim, em outra cidade. Chegando lá, conversei com ela e fui direcionada à outra advogada do escritório, mais indicada para tratar do meu caso. Gostei do que ouvi, vi e acabei acertando com ela, com os honorários justos. O processo ainda está sendo feito e, espero que tudo dê certo!

Nesse meio tempo, recebi o e-mail da minha ex-professora/orientadora, informando que uma jornalista havia entrado em contato com ela, pedindo uma entrevista e ela havia concedido. No mesmo dia, a mesma jornalista de um importante jornal de SP, me pediu uma entrevista para a sua reportagem sobre o plágio, feito pela editora da apostila para concursos. Ela havia descoberto porque viu a apostila e achou estanho a escrita, que ora era em tom acadêmico, ora era coloquial; aí, ela digitou trechos de alguns textos e descobriu que haviam sido retirados da internet. Assim, descobriu o meu! Aceitei dar a entrevista, que foi publicada neste mês na internet e também impressa, numa versão mais completa, disponível nas bancas. Tudo isso será acrescentado ao processo, que ganhou repercussão nacional.

Ultimamente, tenho sido lesada de várias formas. Nas outras, acabei deixando para lá, exatamente, por não ter encontrado um advogado confiável. E, como é difícil encontrar um advogado sério e justo, parece que o dinheiro é tudo... 

Bem que deveria ter seguido ao coração, abandonado o curso de Comunicação, no 4º semestre e ter cursado Direito. Agora, ao menos, seria advogada! Depois de tudo, continuo inclinada a cursar Direito, assim que possível. Creio que serei uma boa advogada e, melhor, tentarei ser justa e não me corromper. QUE TRISTE!

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