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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

É fantástico e inevitável!

Hoje, como não podia deixar de ser, cá estou pensando sobre a vitória de Barack Obama... Barack Hussein Obama II (Honolulu, 04 de agosto de 1961) é o novo presidente americano, candidato que provocou uma verdadeira febre nos EUA e no mundo afora.

Ele foi acima de tudo um candidato carismático e bem assessorado, que fez campanhas bem-sucedidas pela internet e em campo; mesmo sendo negro, não se utilizou disso como forma de campanha pela igualdade dos negros, mas deixou que os outros agregassem essa significação à sua imagem. Filho de uma branca com um negro africano, Obama também teve, mais tarde, um padrasto indonésio; assim, é considerado um unificador.

As apostas de que este governo seja bem sucedido são enormes e tomara que ele corresponda a essas expectativas, especialmente numa tentativa de não cometer tantos erros quanto o governo anterior.


Bom, fiz toda essa explanação porque acho que é importante saber as notícias do mundo, especialmente de uma nação que interfere tanto nas relações político-econômico-sociais mundiais como é os Estados Unidos; porém, queria mesmo é refletir sobre a cobertura dada às eleições americanas.

Aqui no Brasil, acompanhamos ao longo de 2 anos, uma avalanche de notícias acerca das eleições americanas, fomos bombardeados pela imprensa nacional com uma fineza de detalhes que, acredito, foi superior às nossas eleições. Assim, fico pensando sobre como há uma supervalorização de tudo o que se refere aos EUA... As notícias nacionais foram deixadas praticamente de lado e os melhores jornalistas do país foram designados para acompanhar de perto a cobertura, especialmente nos últimos momentos antes da vitória de Obama. O que mais me intriga é que há uma infinidade de assuntos que deveriam ser tratados... Por que não falar dos nossos políticos eleitos que estão com processos na justiça elitoral? Ou mesmo das inúmeras problemáticas do cotidiano do povo? É incrível, mas somos latino-americanos e realmente parece que não nos sentimos enquanto tal... Sabemos mais fatos e até mesmo aspectos culturais dos EUA e Europa do que dos nossos vizinhos da América Latina, acho estranho isso. Creio que temos que mudar e, espero que um dia a imprensa também mude e pare de transformar tudo em espetáculo... Que "A sociedade do Espetáculo"* ou sociedade do consumo se transforme numa perspectiva melhor!

*Título do livro de Guy Debord, que trata sobre os sistemas sociais de sua época, o capitalismo e o socialismo, que segundo ele, são sustentados pela ideologia.

2 comentários:

Anônimo disse...

É aposta do mundo na mudança, num mundo mais justo, com menos preconceito e mais solidariedade.
Fiquei feliz com a perspectiva de que algumas coisas podem mudar para melhor

Lu.a disse...

Olha, acima de tudo estou satisfeita porque o mundo vai finalmente ver-se livre do imbecil do Bush!
E porque já era tempo de dar um abanão no preconceito racial, né? ;)

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